Otan esclarece declaração de secretário-geral e mantém buscas por soldados dos EUA na Lituânia

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) esclareceu nesta quarta-feira (26) as declarações de seu secretário-geral, Mark Rutte, sobre quatro soldados americanos desaparecidos durante um exercício de treinamento na Lituânia. Rutte havia sugerido que os militares estavam mortos, mas o Exército dos Estados Unidos ainda não confirmou essa informação.

Em uma publicação na rede social X, a Otan destacou que as buscas pelos soldados continuam e lamentou qualquer mal-entendido causado pelas declarações de Rutte. Segundo a entidade, ele se baseou em informações preliminares da imprensa. “Sobre os quatro soldados americanos desaparecidos em um exercício militar na Lituânia, a busca continua. Lamentamos qualquer confusão sobre os comentários de Mark Rutte. Ele estava se referindo a notícias emergentes e não confirmando o destino dos desaparecidos, que segue desconhecido”, diz o comunicado.

Buscas seguem em andamento

O Exército dos EUA informou que o veículo blindado Hercules, utilizado pelos soldados durante o treinamento, foi encontrado submerso. As operações de resgate envolvem uma força-tarefa composta por militares americanos, membros das Forças Armadas da Lituânia e equipes civis. Os soldados fazem parte da 1ª Brigada da 3ª Divisão de Infantaria e desapareceram durante um exercício tático.

Questionado sobre o incidente, o ex-presidente Donald Trump afirmou não ter sido informado sobre o caso. Já Rutte, durante uma visita a Varsóvia, mencionou ter recebido notificações sobre a suposta morte dos soldados e expressou condolências às famílias e aos Estados Unidos, ressaltando, no entanto, que a informação ainda era recente e pouco detalhada.

A emissora lituana LRT informou que os militares e seu veículo foram dados como desaparecidos na tarde de terça-feira (25), durante um exercício no campo de treinamento General Silvestras Žukauskas, em Pabradė, próximo à fronteira com Belarus.

Contexto geopolítico

A Lituânia, membro da Otan ao lado de Letônia e Estônia, mantém relações tensas com a Rússia, aliada de Belarus, especialmente desde sua independência da União Soviética em 1990 e a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022. O presidente lituano, Gitanas Nauseda, tem se posicionado como um forte apoiador da Ucrânia contra Moscou.